5 harmonizações de churrasco e vinho para experimentar
Poucas coisas são mais brasileiras do que um churrasco e uma cervejinha, não é mesmo? Mas caso você ainda não tenha experimentado, vinhos também são uma excelente pedida para acompanhar carnes preparadas de forma mais rústica.
Neste conteúdo, vamos explicar porque churrasco e vinho são uma ótima combinação e apresentar sugestões de cortes para harmonizar com seus rótulos favoritos.
Ah, e caso você seja ou conheça alguma pessoa vegetariana, também incluímos opções de legumes e queijos grelhados. Não vai perder tudo isso, né? Continue a leitura com a gente!
Afinal, churrasco e vinho combinam?
Sim! O caráter salgado e gorduroso dos preparos feitos em um churrasco são ideais para acompanhar principalmente os vinhos tintos. Isso porque os taninos presentes na bebida equilibram a gordura no paladar, enquanto o perfil frutado complementa o sabor salgado e rústico da carne.
Qual vinho combina com churrasco?
Quando o assunto é harmonização entre vinho e churrasco, é importante considerar alguns aspectos como o tipo de carne, os temperos utilizados e o método de preparo.
Em geral, tintos com acidez e taninos presentes são indicados para acompanhar as carnes vermelhas, uma vez que a proteína do alimento ajuda a amaciar os taninos. Já para carnes brancas ou de porco (frango e linguiça, por exemplo), uma ótima pedida para acompanhar são rótulos brancos, rosés ou espumantes.
Na dúvida, siga as seguintes orientações:
- Carnes de porco ou frango: espumantes brut, vinho branco jovem, rosé e tintos leves. Se o preparo levar molho barbecue, rótulos syrah ou montepulciano;
- Carnes vermelhas macias e gordurosas: vinhos de médio corpo e acidez pronunciada;
- Carnes vermelhas rígidas e gordurosas: vinhos encorpados e com taninos marcantes.
Outro ponto importante são os temperos. Ao utilizar pimentas, é importante combinar a carne com um vinho menos alcoólico. Isso porque a pimenta e o sal reforçam o álcool da bebida, criando uma sensação desagradável no paladar.
No caso de carnes temperadas com especiarias, vale a pena comprar um vinho de perfil também especiado e com passagem por madeira.
Com essas orientações, fica mais fácil escolher vinhos que combinam com carne. Mas caso esteja em busca de dicas mais específicas, elencamos quatro dos principais cortes utilizados em churrasco e uma sugestão de harmonização para vegetarianos. Confira abaixo!
1. Picanha
A picanha é uma das carnes mais apreciadas em churrascos, e seu sabor suculento e intenso casa perfeitamente com vinhos. Para complementar a gordura e realçar o sabor desse corte, opte por tintos com taninos acentuados, já que a proteína ajuda a amaciá-los.
Tintos de corpo médio a alto das uvas cabernet sauvignon, syrah, tannat e bobal são ótimas opções.
2. Entrecôte
O entrecôte, conhecido também como contrafilé, é uma carne macia, suculenta e que possui pouca gordura. O ideal é harmonizá-la com rótulos de médio corpo ou encorpados, que tenham passagem por madeira e boa acidez, como os blends tintos, exemplares da uva tannat ou um vinho malbec.
3. T-bone
O T-bone é um corte nobre que leva esse nome em vista do osso em formato de T que atravessa a carne. Trata-se de uma grande bisteca macia, saborosa e suculenta. Na hora de escolher o vinho que vai acompanhá-lo, aposte em rótulos com notas defumadas ou de especiarias, mas que tenham acidez pronunciada, como um syrah, um cabernet sauvignon ou um pinotage.
4. Tomahawk
O tomahawk é um corte que leva parte da costela bovina e o bife ancho. Por ser uma carne mais gordurosa, rótulos de acidez pronunciada são mais indicados. Boas opções são vinhos italianos, como um Chianti, Nero D’Avola ou cabernet sauvignon.
5. Tendência: preparos vegetarianos
Se você é ou conhece alguém vegetariano que vai participar do próximo churrasco, não se preocupe! É possível criar ótimas harmonizações com legumes na grelha supersaborosos, como cogumelos, pimentão, berinjela, palmito pupunha, além de, claro, um queijo coalho no espeto.
No caso do churrasco com legumes grelhados, os vegetais podem ser acompanhados por vinhos brancos leves e frescos, como um sauvignon blanc, um chardonnay jovem ou tintos leves, como um pinot noir. Esses vinhos possuem acidez e notas frutadas que contrapõem a doçura natural dos legumes e trazem equilíbrio ao paladar.
Para o palmito e o queijo coalho, a harmonização ideal é com vinhos brancos ou rosés leves, como um sauvignon blanc.
Extra: não esqueça de gelar o vinho!
Muitas pessoas ainda acham que gelar o vinho não é uma prática recomendada, já que em locais mais frios, como na Europa, os enófilos apreciam a bebida em temperatura ambiente. Contudo, aqui no Brasil, o resfriamento é mais do que necessário.
Considerando as temperaturas médias da primavera e do verão brasileiros, não é possível apreciar um vinho sem antes colocá-lo para gelá-lo. Além disso, servir o vinho na temperatura correta preserva as características organolépticas da bebida e garante que a degustação ocorra da melhor forma.
Para servir a bebida corretamente, antes de mais nada, avalie como está a temperatura no local em que você se encontra. No inverno, é mais provável que você não precise esfriar muito o vinho, enquanto na primavera e no verão o resfriamento é necessário.
Em todo caso, dá uma olhada nas sugestões de temperatura para cada tipo de rótulo:
- Vinhos brancos: entre 6ºC e 12ºC;
- Espumantes: entre 6ºC e 10ºC;
- Rosés: entre 8ºC e 12ºC;
- Tintos: entre 14ºC e 18ºC;
E como gelar o vinho? Você pode colocá-lo em um baldinho com gelo, mergulhar a garrafa em uma solução de água gelada e sal, usar um resfriador de vinhos, entre outras opções. Para saber mais sobre o assunto, acesse este conteúdo!
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Flávia
Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!