Entenda o que é vinho de ânfora [+ sugestão de rótulo]
Fermentado em talhas de barro, o vinho em ânfora remonta à era antes de Cristo, com seus primeiros registros encontrados na Itália etrusca em 600 a.C. A técnica ancestral atravessou a história e é utilizada na produção de rótulos até hoje.
Neste post, você encontra informações e curiosidades sobre as ânforas de barro e como elas fazem parte do processo de vinificação. Boa leitura!
O que é ânfora?
A ânfora nada mais é do que um vaso de barro com impermeabilização de cera de abelha, criado pelos gregos para armazenar e transportar líquidos como vinho, azeite, mel, água, entre outros produtos. O jarro possui bojo largo, gargalo estreito e duas alças para seu carregamento.
Por mais antiga que ânfora grega seja, o utensílio atravessou a história da humanidade e existe até hoje, tanto para a produção de vinhos quanto para decoração de ambientes.
História dos vinhos de ânfora
A história do vinho remonta os primórdios da civilização, com registros que datam de 6.000 a.C. Países como Egito, Babilônia e os impérios Grego e Romano são apenas alguns dos exemplos que utilizavam a bebida em cerimônias sagradas ou até mesmo como antisséptico.
Ademais, na mitologia grega, Dionísio era o deus do vinho e é até hoje um dos principais personagens de sua cultura.
Em termos de produção e exportação, há registros de vinhos egípcios exportados a partir de 2.500 a.C, alcançando o cultivo nas terras greco-romanas em 2.000 a.C. A partir daí, outros países e impérios passaram a fabricar a bebida.
E onde a ânfora faz parte disso tudo? Como estamos falando de uma bebida que atravessou a história do mundo, seu processo de fabricação passou por inúmeras transformações ao longo dos séculos. E os jarros de barro exerciam um papel essencial de armazenamento do vinho durante sua fermentação, além da função transportadora das talhas. Explicaremos mais a seguir.
Processo de produção dos vinhos em ânfora
Mas afinal, para que serve a ânfora na produção de vinhos? Embora a origem da bebida alcoólica seja incerta, o fato é que existem registros de fabricação que datam de séculos a.C. E os jarros de barro faziam parte do processo.
Você pode imaginar que, naquela época, não existia um maquinário robusto para a fabricação de bebidas alcoólicas. Todos os processos eram artesanais e envolviam ferramentas mais simples, como a ânfora.
O vinho de talha – ou vinho em ânfora – passava pela maceração da fruta e, posteriormente, era transferido para o jarro, onde ocorria a fermentação do mosto.
Para que esse processo pudesse acontecer na temperatura ideal, muitas vezes, o vaso cerâmico era enterrado no solo e lá permanecia até que a bebida fosse fermentada.
Além das produções artesanais, como eram com vinhos caseiros portugueses, a técnica ancestral ganhou reconhecimento nos últimos tempos, porque seu processo interfere muito pouco no resultado final da bebida. O material das ânforas preserva a tipicidade da casta e traz mais notas terrosas e minerais.
Embora algumas pessoas considerem os vinhos em ânfora menos saborosos e complexos, rótulos dessa categoria preservam as características da casta, além de trazerem notas terrosas à bebida. Para quem se interessa pela história do vinho e processos artesanais, vale a pena experimentar!
Como vimos, a história do vinho não é apenas fascinante, mas permanece atual e relevante, mesmo com o passar dos anos! Não é à toa que a produção de rótulos em ânforas existe até hoje!
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Flávia
Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!