Você conhece a Emilia-Romagna? Saiba tudo sobre a região italiana
É impossível falar sobre regiões importantes da Itália sem citar a Emilia Romagna. Localizada ao norte do país, tem uma imensa importância histórica e é um dos destinos favoritos de quem gosta de gastronomia, vinhos e arte.
Quer saber mais sobre a região? Descubra sua história, suas principais atividades e, principalmente, como são os seus vinhos. Boa leitura!
Conhecendo a região
A Emilia-Romagna está localizada na parte norte da Itália. Ocupando uma área de pouco mais de 22 mil quilômetros quadrados, é um pólo essencial para a indústria, o turismo e a gastronomia.
Antes da Era Comum, a região serviu de lar para os etruscos e para os gauleses. Posteriormente, no período da Roma Antiga, foi utilizada como ponto estratégico na colonização do território, e abrigou a Via Emília, uma das principais estradas romanas durante os primeiros séculos antes de Cristo.
Nos séculos seguintes, houve um grande avanço na região. A cidade de Ravena, por exemplo, tornou-se capital do Império Bizantino durante o século 5, e serviu como palco para o desenvolvimento da arte cristã. Muitos dos mosaicos e monumentos criados durante o período permanecem como patrimônio tombado até os dias atuais, como o Batistério Neoniano e o Mausoléu de Galla Placidia.
Já na Idade Média, mais precisamente no ano de 1088, foi fundada a Universidade da Bolonha. Até hoje, a instituição permanece como a universidade mais antiga em atividade em todo o mundo, e também uma das mais prestigiadas.
Todo esse panorama proporcionou ao território um desenvolvimento muito intenso em questões artísticas, culturais e tecnológicas desde muito cedo.
Atualmente, além do foco em turismo, arte e gastronomia, podemos destacar sua indústria automobilística. Trata-se da sede de gigantes montadoras de luxo, como Ferrari, Lamborghini, Maserati e Ducati. A região também recebe anualmente dezenas de corridas automotivas e, em 2020, o Grande Prêmio de Fórmula 1 da Itália voltou a ser disputado na Emilia-Romagna.
Cidades da Emilia-Romagna
A região cruza a Itália de leste a oeste, e é dividida entre nove províncias. A seguir, vamos citar as principais capitais e suas atividades.
Bolonha (ou Bologna)
Como o próprio nome indica, é o lar do molho à bolonhesa. Entretanto, como já dissemos, a cidade vai muito além disso: abriga a universidade mais antiga do mundo, e por isso, tem um perfil jovem e cosmopolita. Além disso, é um importante centro histórico italiano, repleta de construções antigas e medievais.
Ferrara
Com pouco mais de 100 mil habitantes, Ferrara é uma cidade que respira artes. É repleta de artefatos e construções deixados pela civilização etrusca, e durante a Idade Moderna, foi palco de muitos artistas da Renascença, cujas obras podem ser vistas até os dias de hoje.
Módena
Em Módena, encontram-se importantes museus e antigas catedrais italianas. Mas nem só de história vive a Emilia-Romagna: a cidade representa a tecnologia e a indústria do país, abrigando montadoras de luxo como Ferrari, De Tomaso, Lamborghini e Maserati
Ravena
Como mencionamos há pouco, Ravena foi a capital do Império Bizantino entre 402 e 476 d.C. Por isso, é repleta de mosaicos e artes cristãs, bem como construções históricas deste período. Uma curiosidade é que a cidade serviu como inspiração e é citada por inúmeros escritores, como Dante Alighieri, Nostradamus, Lorde Byron, Oscar Wilde e Hermann Hesse.
Gastronomia da Emilia-Romagna
A gastronomia da região é reconhecida mundialmente. Muitas das massas italianas, famosas em todo o mundo, são originais da Emilia-Romagna, como lasanha, tagliatelle, cappelletti e tortellini. Além disso, foi ali que foram inventados o gnocco fritto, o molho à bolonhesa e a peperonata.
Outros alimentos típicos, assim como alguns tipos de vinhos, possuem denominação de origem: os queijos Parmigiano Reggiano e Grana Padano, o vinagre balsâmico e o presunto de parma são alguns dos produtos tradicionais que vêm diretamente de lá.
A região ainda é uma grande produtora de azeite de oliva, queijos, embutidos, trufas, avelãs, além, é claro, dos vinhos.
Os vinhos da Emilia-Romagna
É impossível falar sobre uma região italiana sem citar os seus vinhos, e com a Emilia-Romagna não seria diferente. Lá são produzidas grandes uvas e bebidas que fazem sucesso em todo o mundo.
Lambrusco
Começando pelo Lambrusco, o frisante italiano feito com a uva de mesmo nome. Trata-se de um vinho (geralmente tinto, mas com versões brancas e rosé) com leves borbulhas em seu corpo, acidez bem presente e taninos pouco evidentes.
Há cerca de 13 tipos de Lambrusco, que podem variar entre mais secos, meio secos e doce. Costumam ter baixo teor alcoólico e aromas de frutas vermelhas e flores. Harmonizam perfeitamente com os alimentos da região: carnes curadas (como Presunto de Parma e salame), queijos de massa dura (Parmigiano Reggiano e Grana Padano) e lasanhas ao molho sugo.
Um ótimo rótulo para experimentar o terroir da região é o Costa Furra Lambrusco Dell’emilia Amabile branco. Com coloração amarelo pálido, trata-se de um vinho doce, com aromas de frutas como pêra e maçã e paladar balanceado.
Trebbiano
A uva Trebbiano é uma das mais antigas a ser utilizada para vinificação na Itália. A casta branca é repleta de aromas deliciosos como frutas cítricas, frutas brancas, ervas e mineralidade.
Na Emilia Romagna, ela é representada pela denominação de origem Trebbiano di Romagna, cujos vinhos são amarelados, adocicados e pouco alcoólicos. Ideal para harmonizar com frutos do mar e massas com molho à base de peixe.
Lembra-se do vinagre balsâmico, que é um produto original dessa região? Ele também é feito com a uva Trebbiano!
Espumantes
Os espumantes também se destacam na Emilia Romagna. Grandes uvas italianas como Sangiovese, Barbera, Bonarda e as já citadas Trebbiano e Lambrusco são utilizadas para a produção de vinhos borbulhantes de diversos estilos.
A Vinícola Gruppo Cevico elaborou, com exclusividade para o Divvino, o Espumante Tavino Dolce IGT. Feito com a uva Trebbiano, é um rótulo frutado com bordas esverdeadas e perlage intensa e vívida.
Para quem gosta de espumantes brut, com sabor menos doce e com mais acidez, uma opção é o Espumante Tavino Brut. Trata-se de um rótulo bastante aromático, que entrega notas frutadas, herbáceas e florais, perfeito para degustar o terroir da região italiana.
Por fim, outra ótima opção é o Tavino Rosé Brut, elaborado a partir da uva Sangiovese. Com uma coloração rosa claro e perlage fina e resistente, traz notas de fruta macia e cereja, e é ótimo para ser harmonizado com sushi, sashimi e outros pratos frios japoneses.
Mesmo sendo uma região relativamente pequena, a EmiliaRomagna é um local incrível e essencial para a cultura italiana. Se você tiver a oportunidade de visitá-lo alguma vez na vida, certifique-se de visitar seus principais centros, e é claro, provar os sabores de seus vinhos e gastronomia.
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Flávia
Sommelier internacional pela FISAR/UCS, pós-graduada em Marketing e Negócios do Vinho pela ESPM. Há 10 anos atuando no mercado e através de diversos canais de mídia especializados no mundo do vinho. Propago conhecimento para enófilos e amantes da bebida. Falar sobre vinhos é um prazer!