História da vinícola Bacalhôa, de Portugal
A Quinta da Bacalhôa conta com mais de 100 anos de existência. Foi fundada em 1922 por João Pires & Filhos, com foco na produção de vinho a granel. Cerca de 50 anos depois, as primeiras vinhas foram plantadas no local.
De lá para cá, a vinícola foi responsável por desenvolver uma grande quantidade de rótulos que solidificaram a importância do empreendimento, assim como conquistou a preferência de enófilos ao redor dos quatro cantos do mundo.
Atualmente, a quinta tem como missão a produção e a comercialização de vinhos de qualidade, que remetem e fazem jus às características das zonas vitivinícolas de Portugal e à tradição da produção do país, tudo isso “alimentados por uma constante aposta na inovação tecnológica e no recrutamento de colaboradores experientes”.
Regiões de cultivo
Península de Setúbal: O terroir da área varia entre zonas planas e arenosas, e contempla a paisagem mais montanhosa da Serra da Arrábida, cuja altitude elevada e proximidade do mar beneficia as vinhas de um clima mais atlântico. No entanto, é definido como mediterrânico, transitando entre verões quentes e secos, invernos amenos, porém chuvosos, e umidade elevada.
Alentejo: De planícies ensolaradas, Alentejo é uma zona soalheira, o que permite a maturação ideal das uvas, ainda que as temperaturas sejam bem elevadas durante o verão.
Plantadas nas encostas íngremes da serra ou nas planícies, o solo alentejano é composto por argila, granito, calcário ou xisto, o que colabora com o desenvolvimento de castas brancas autóctones, entre elas a roupeiro, arinto e antão vaz, mas também das tintas trincadeira, aragonez e alicante bouschet (variedade francesa que teve boa adaptação em Alentejo).
Bairrada: Quando o assunto é produção de espumantes portugueses, brancos e tintos, a região de Bairrada é considerada a principal, sendo inclusive uma das pioneiras.
Com foco no cultivo de castas como baga, maria gomes, bical, arinto, touriga nacional, chardonnay e pinot noir, Bairrada é marcada por um clima fresco e úmido. Tem solos argilo-calcários e arenosos, resultando em uvas de alta acidez e baixa graduação alcoólica.
Não por acaso, os vinhos são frescos, aromáticos e capazes de encantar paladares com facilidade!
Douro e Dão:
Sem dúvidas, duas das regiões vinícolas mais importantes de Portugal, e reconhecidas em todo o mundo, são os vales do Douro e do Dão. Justamente por entender que essas áreas são marcadas por características excepcionais, a Bacalhôa cultiva vinhas em ambas.
Classificada pela Unesco como Patrimônio Mundial, a região do Douro é rodeada de montanhas. Muito mais do que uma paisagem encantadora, essa característica faz com que a área desenvolva um clima particular.
O território marcado por declives acentuados é a casa de uvas como touriga nacional, touriga franca, tinta roriz, tinta barroca e tinto cão.
Vinhos Verdes: A região de Vinhos Verdes é uma denominação de origem controlada (D.O.C.) cujo foco está na produção de vinhos brancos, tintos, rosés e espumantes leves e refrescantes. Ela representa mais de 34.000 hectares espalhados em uma área litoral, bem localizada geograficamente.
Rica em recursos hidrográficos, apresenta temperaturas amenas, pequena amplitude térmica e solos graníticos e xistosos. Por lá, são cultivadas as castas alvarinho, azal, avesso, loureiro, pedernã e trajadura.
Lisboa: Atualmente, Lisboa figura entre as maiores regiões produtoras de vinhos de Portugal, além de ser uma das mais conhecidas. Próximas ao fresco e ventoso Atlântico, as vinhas cultivadas nessa área — uma terra de paradoxos e muita diversidade — são influenciadas pelo clima temperado de verões frescos e invernos pouco intensos, apesar das zonas mais afastadas do mar serem um pouco mais frias.
A área de cerca de 40 km, que já foi conhecida como Estremadura, situa-se a noroeste de Lisboa. É constituída por nove denominações de origem: Colares, Carcavelos, Bucelas, Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Lourinhã, Óbidos e Encostas d’Aire.
Terras da Beira: No coração do interior Norte de Portugal, Terras da Beira é o local onde as vinhas são plantadas em zonas planálticas ou de encosta, entre 350 e 700 metros de altitude.
De clima continental, passa por invernos frios e rigorosos, além de verões quentes e secos. O terroir é maioritariamente de natureza granítica, mas apresenta e xistos e, embora menor, ascendência arenosa.
As castas tintas da região são a rufete, touriga nacional, bastardo, tinta roriz e trincadeira. Mas também há uvas brancas: fonte cal, síria, malvasia e arinto.
Confira os rótulos da Bacalhôa aqui!